O poder das regras familiares

As crianças possuem características que mudam de idade para idade, hoje que tenho um filho de 4 e outro de 8 anos, percebo que algumas características de comportamento do meu filho mais velho se repetem no filho mais novo, quando ele possuía a mesma idade do menor.
Entre 1 e 2 anos, eles percebem que têm novas habilidades e a ideia é testá-las, para ver até onde eles conseguem chegar. Os pulos já são mais naturais e subir nos móveis é um desafio que eles querem provar. Junto a isso vem as quedas e o cuidado tem que ficar redobrado.

Entre 2 e 3 anos, a comunicação com os pais já pode incluir um diálogo, pois os argumentos da criança são sempre bem elaborados. Desta forma, já dá para explicar os riscos que elas correm ao tentar uma nova aventura. Mas, eles adoram testar a minha paciência também e ver até onde eles conseguem chegar.

Quando tem entre 3 e 4 anos, percebi que há uma concentração maior nas atividades que realizam. Eles tentam mostrar para eles e para nós, os pais, que conseguem, por exemplo, trocar de roupa sozinhos. É nesta fase que dormem uma noite completa, com ressalva nos dias que têm pesadelos e acordam para pedir ajuda.

Apesar de características semelhantes em cada fase, meus filhos possuem personalidades diferentes, um é mais explosivo e o outro é mais emotivo. Então, nós, os pais, temos que saber lidar da melhor forma possível, para conseguir conter os conflitos que existem.

Quando se tem filhos em fases idades bem diferentes, fica bem complicado criar regras que englobem as duas crianças de forma satisfatória. Por exemplo, o mais velho já tem dever de casa, então a rotina em casa no turno da noite tem que ser ajustada a isto. Para que haja mais concentração, nós definimos a regra que proibe assistir desenhos ou utilizar qualquer dispositivo eletrônico à noite.

Quando vem o choro da criança, desesperada, querendo assistir no turno da noite, a gente simplesmente pergunta para a ela: Olha, está de noite, pode assistir à noite? Rapidamente o choro pára e ela responde "Não". E para sossegar a criança, imediatamente, sugiro alguma brincadeira que ela goste e tudo se resolve. (Claro, que nem sempre, mas na maioria das vezes sim).

Dessa forma, quando temos as regras bem definidas, usamos elas como aliadas para nos ajudar na criação dos nossos filhos. Geralmente somos consistentes com as regras que criamos, abrimos exceções, mas elas ficam bem claras para as crianças que é uma exceção. Por exemplo, quando visitamos um amigo e na casa dele as crianças assistem TV à noite, neste caso não podemos proibir nossos filhos de assistir e nem pedir para desligar a TV.

Assim, quanto mais consistentes conseguimos ser, mais as regras vão se consolidando nas crianças e as deixam mais calmas para lidar com situações de ansiedade, trazendo mais tranquilidade na nossa casa.

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