Talvez eles ainda não estejam tão maduros!

Dividida com tantas atividades acumuladas, não estava conseguindo priorizar meus filhos, então eu pedia que eles brincassem juntos. Mas, não estava dando certo, pois percebi que eles precisavam de mim, da minha presença íntegra (sem distrações), para que eles pudessem compreender um ao outro. Enquanto isso não acontecia, ambos estavam frustados, era um cenário de muito estresse, já não estava aguentando aquela situação.

Mudei de atitude, notei que estar com eles era uma necessidade e não uma opção, de repente tudo mudou. O que tenho presenciado é uma mudança de percepção neles e em mim. Quando estou presente, os meninos conseguem interagir melhor, pois ao mediar uma situação de confronto, natural entre as crianças, elas começam a compreender mais o outro irmão.

Quando os dois filhos requerem atenção simultânea, eu incluo eles na mesma brincadeira, as brigas começam, eu peço paciência. Traduzo cada grito que um dá no outro para uma frase mais harmoniosa. Já estava virando hábito eles falarem gritando um com o outro, mas isso vem mudando.  Está perfeito? Ainda não, cada dia é uma nova conquista.

É engraçado que vejo tudo com mais clareza, pois noto perfeitamente que havia uma confusão no meu conceito de maturidade das crianças. No momento que elas já conseguem se trocar sozinhas, falar o que querem comer e subir em uma cadeira para pegar um pote em cima do armário, enganada estava eu pensando que eles já tinha amadurecido em vários outros aspectos. E agora, com esta proximidade integral, consigo ver como é diferente a maturidade física da maturiade emocional.

Com isso, comecei a entender que quando o mais novo, com 4 anos, grita de forma estridente, na verdade, apesar de ele já ter um vocabulário bem vasto, ele ainda não possui maturidade para argumentar alguma necessidade que ele possui, mas que não está sendo atendida. Ao observar esta similaridade de comportamento, tenho começado a questionar ele sobre o motivo do grito e quando ele se acalma, ele começa a falar o que estava sentindo. Nesse momento, consigo ensinar para ele como ele pode se comunicar, sem precisar necessariamente gritar. Já venho percebendo uma melhora no comportamento. Ao mesmo tempo, o mais velho escuta a conversa e entende que o irmão ainda é muito novo e precisa de mais paciência.


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