Autoconhecimento e liberdade

Praia com pôr do sol atrás da montanha e criança correndo à contra luz

Sabe quando a gente se sente mal em uma determinada situação e não sabe qual o motivo de ter se afetado tanto? Não saber o porquê pode ser uma lacuna no seu autoconhecimento.

Compreender as influências que regem seus pensamentos pode lhe trazer uma sensação de liberdade. Se pensar bem, se algo lhe controla, então você não é livre, mesmo que esse controle esteja dentro de você mesmo. 

Alguns desses controles podem surgir na infância de forma natural. Então crescemos e não percebemos que eles nos acompanham até a fase adulta. Esses controles podem ser criados através de traumas na infância, onde a criança está suscetível a situações de submissão e formação de identidade. Esses traumas podem surgir da convivência com os familiares, na escola ou com os amigos.

É natural que tenhamos esses controles, pois isso foi o que nos fez amadurecer e criar percepções sobre o mundo em que vivemos. Eles nos ajudaram a criar defesas e nos fortaleceram até certo ponto. Mas dependendo do nível de controle que tenhamos nos submetido, isso pode causar problemas na idade adulta.

Algumas pessoas têm conflitos internos que não sabem como resolver, pois muitas vezes percebem que agem de uma forma, mas na realidade gostariam de ser diferentes, mas não conseguem. Esses conflitos internos, dependendo do nível em que ocorrem, podem até mesmo paralisar essas pessoas e elas não sabem mais quem são. 

Ter a oportunidade de entender esses controles, nos ajuda a compreendermos sobre nós mesmos e de alguma forma pode colaborar na liberdade gradual de nossa identidade.

Isso que estou escrevendo, me inspirei após ler o livro "A profecia celestina". Nele há uma definição sobre os "Dramas de Controle". Muitos de nós nos enquadramos em alguns desses dramas, em diversas situações de nossas vidas, sem nem percebermos.

1. Interrogador: é quando uma pessoa sonda a vida de outra pessoa com o propósito de descobrir alguma coisa errada. 

2. Distante: é quando uma pessoa evita falar ou fazer o que deseja com receio do que o outro vai pensar sobre ele.

3. Intimidadores: é quando uma pessoa ameaça o outro verbal ou fisicamente para ganhar vantagem em uma situação. 

4. Coitadinho de mim: é quando uma pessoa conta as piores coisas que lhe aconteceram na vida, fazendo o outro se sentir culpado por aquilo, mesmo quando não se tem relação com os problemas dela. 

Um trecho do livro, que exemplifica a relação entre esses 4 dramas de controle, diz o seguinte:

"Na infância, conviver com pessoas interrogadoras, elas nos tornam pessoas distantes. Já os distantes nos tornam interrogadores. E os intimidadores nos tornam pessoas coitadinho de mim, ou se isso falhar, outro intimidador." por James Redfield.

É comum termos mais de um drama de controle e agir conforme algum deles em diferentes situações. Quando a gente passa a conhecer esses dramas e suas causas é que a mágica acontece. Pois podemos tentar controlá-los em vez de deixar que eles nos controlem. 

Além disso, o livro mostra uma maneira de ajudar até mesmo alguém que esteja vivenciando um desses dramas de controle na nossa frente. De acordo com o livro, basta fazer uma pergunta para a pessoa que demonstre que ela está agindo daquela forma, que há uma chance de ela se desligar momentaneamente daquele drama de controle e agir de forma mais verdadeira.

Sentir-se livre completamente talvez não seja possível, já que vivemos imersos a uma cultura e a uma sociedade, cujos valores e regras são preestabelecidos. No entanto, ter a consciência sobre nossos comportamentos pode nos permitir abrir caminhos na vida que estavam fechados por causa desses dramas de controle.

Por exemplo, alguém que acha que sua vida não deu certo, por sentir que não tem capacidade de exercer certas atividades que desejava, pode ser uma pessoa do tipo "Coitadinho de mim". Nesse caso, oportunidades podem chegar para essa pessoa, mas ela se sente limitada e se recusa a aceitar.

Bom, esse foi um dos pontos do livro "A profecia celestina" que me chamou bastante atenção e senti vontade de compartilhar. Pesquisei um pouco mais sobre o assunto no ramo da psicologia e encontrei esse artigo científico, que vale a pena a leitura, intitulado "Autoconhecimento e liberdade no behaviorismo radical" de Olivia Brandenburg e Lidia Weber.

Caso tenha interesse no livro que citei nesse post essa é a capa do livro:




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