Ao nascer um filho, nascem também seus pais. Mas, esses papéis são construídos ao longo da vida. Naquele instante, inicia uma jornada de aprendizado de como ser os pais daquela criança.
O nascimento é um momento tão mágico, que nos esquecemos que ali tivemos a oportunidade de gerar um outro ser humano, que irá crescer, passar pela infância e se tornará um adulto, assim como esses pais passaram um dia. Esse é o ciclo da vida, com vidas entrelaçadas, onde parte do nosso ser vem do DNA dos nossos antepassados, parte vem da cultura e outra parte bem importante vem do ambiente em que crescemos.
Cada etapa da vida de uma criança são novas etapas que os pais precisam aprender a lidar. Por mais que eles tenham sido filhos um dia, nem tudo é tão simples quanto parece. Há muitos fatores que influenciam nessa criação. Se dividirmos as fases de 2 em 2 anos temos os seguintes desafios na educação dos filhos:
Entre 0 e 2 anos a criança é muito curiosa, quer descobrir o mundo ao seu redor, aprender como tudo funciona. Esse é um período de muita dedicação, requer atenção para cada passo da criança. Cabe aos pais não limitar tanto a criança, para que ela possa se desenvolver.
Entre 2 e 4 anos a criança ganha autonomia para várias coisas que ela vem descobrindo, algumas não querem nem a ajuda dos pais, pois já se sentem grandes o suficiente para fazer certas coisas. Esse é um período bem difícil para algumas famílias, as crianças até falam, mas não conseguem argumentar todos seus desejos e acabam utilizando gritos, berros e shows para chamar a atenção. Os pais precisam compreender cada berro e ajudar a criança a se expressar, utilizando uma linguagem mais simples, para que ela possa construir seus próprios argumentos no futuro.
Entre 4 e 6 anos a criança começa a perder parte de sua inocência, sobre o mundo antes desconhecido, e começa a treinar habilidades de concessão para seus desejos. Nessa etapa, a necessidade de impor limites é maior que nas anteriores. Então as regras, a rotina, a alimentação e os hábitos precisam ser mais bem cuidados, para que nas etapas seguintes fique mais fácil de lidar com a criança.
Entre 6 e 8 anos a criança começa a questionar certas regras e comportamentos, para tentar criar os seus próprios. Nesse momento, há uma confusão sobre até que ponto é preciso limitar esses novos comportamentos ou apenas deixá-los o mais livre possível. Os pais precisam ficar atentos e perceber a verdadeira intenção da criança em cada situação.
E agora, depois dos 9, ainda não sei, esta nova etapa está iniciando na minha maternidade.
Cada nova etapa quando chega tenho novos desafios para lidar. Mesmo que eu já tivesse vários conceitos e preconceitos na minha mente, sempre vai ter cenários que eu não saberei o que fazer. É nessas horas que entra a intuição.
Com a pandemia e aulas online, meus filhos estão tendo mais acesso à internet. Enquanto eles ainda são crianças, esse é o melhor momento para orientá-los sobre o uso de aplicativos e de sites em geral. Muitos aplicativos possuem propagandas de jogos, que podem colocar em risco a segurança de nossa família. Tive o cuidado de mostrar para meu filho mais velho as permissões que os aplicativos requerem durante a instalação, como câmera, microfone, entre outras coisas. Por exemplo, mostrei para ele que não faz sentido um aplicativo de bloco de notas (apenas textual) pedir permissão para uso da câmera e microfone.
Este último fim de semana, minha mãe me recomendou o livro "Help, me eduque" de Rossandro Klinjey. Confesso que quando vi a capa, fiquei com um preconceito, achando que seria mais um livro que iria me mostrar o quanto eu errei na criação do meu filho e sem dar soluções. No entanto, me surpreendi bastante, esse livro de Rossandro não só me orientou, mas também conseguiu me mostrar o rumo que algumas falhas na minha educação, como mãe, poderiam influenciar diretamente na vida dele como adolescente e adulto. Além disso, o livro também alerta sobre os cuidados que os pais precisam ter com filhos adolecentes para o uso da internet e redes sociais.
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